O vestido e o chapéu cor-de-rosa são inconfundíveis no calçadão da Avenida Central. Com um sorriso estampado no rosto, Nina Buah cumprimenta todos que querem a sua atenção. Em poucos minutos de conversa, dezenas de pessoas (especialmente crianças) pararam para admirar e falar com Nina. Mesmo se apresentando sempre no mesmo local, tem fãs de todas as partes da cidade e agora tem a chance de ser conhecida em todo o país: o ator Lázaro Ramos e equipe escolheram Nina para contar a sua história na maior emissora do país.

O artista que interpreta Nina não fala seu nome. JP, que é como quer ser chamado, tem 35 anos, é ator reconhecido pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão (SATED) de Santa Catarina e é natural de uma cidade do interior de Minas Gerais, Serrania. Com apenas 14 anos de idade se mudou para Balneário Camboriú e desde então nunca mais saiu. “Toda a minha documentação eu tirei aqui. Eu sou metade mineiro e metade catarinense”, diz. No dia 07 de setembro de 2004, aos 22 anos de idade, JP decidiu que tentaria a carreira nas ruas. “Coloquei no chão uma caixinha de papelão encapada de papel de presente e estacionei, porque eu queria muito viver da minha arte.”

Quanto ao programa em que vai participar na Rede Globo no dia 31 de dezembro às 14h30, o artista parece estar bem confiante. “Eu sou fã de Lázaro Ramos há muito tempo”. Durante o programa, que é novo, o artista fala de toda a sua trajetória a Lázaro. “Quando surgiu esse programa, ele colocou no nas redes sociais ‘mande’ sua história para o link tal’, e eu por uma luz mandei a minha história para ele. Entre milhares de histórias eu fui contemplado a contar a minha.”

Nina Buah e sua “filha” Judith (uma boneca de pano que foi dada de presente ao artista) ficam em ação de oito a nove horas por dia na alta temporada, além de fazer eventos. Com influências circenses na maquiagem, Nina usa roupas iguais às da boneca, e todos os anos muda de figurino para variar um pouco os estilos da personagem. “O artista de rua tem que sempre tentar fazer algo inovador”, completa.

JP também fala do preconceito que já sofreu por ser artista de rua. “Eu sempre digo: tirar um sorriso de alguém me faz feliz.”

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Fonte: Fundação Cultural de Balneário Camboriú

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